Leio. Releio. Volto a ler. Viro páginas. Avanço linhas.
Palavras minhas eu assino, dos outros eu transcrevo, dum passado que não teve futuro, dum presente que nunca exi stiu.
Frases que me fazem sorrir, outras que me inundam o olhar.
Histórias que fazem a minha história, remotas ou recentes, e que por muitas letras que destrua ficarão sempre na memória.

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Desejo a você total liberdade para que rasgue páginas neste espaço. Rasgar, romper, transformar algo em outro novo, mesmo que a si mesmo.
A vida é uma sucessão de rasgos, remendos, feituras e escolhas.
Esteja LIVRE!



sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Cenas do cotidiano II




Ela: Eu não sabia.


Ele: Eu falei quando você não perguntou.


(sem trufas, sem flores, sem mágica)

Pessoa mágica?



Ontem mesmo falei uma coisa que ninguém entendeu. Ninguém. E era assim, como se pode dizer, uma coisa boa. Não que eu seja um gênio ou melhor do que os outros. Mas eu tenho coisas boas que se perdem por aí única e exclusivamente porque falta nesse mundo, ao menos no meu, a pessoa mágica.


Já nem faço mais tanta questão que seja o pai dos meus filhos. Comecei a apelar. Pode ser um amigo, uma amiga, um cachorro, um sapo. Qualquer ser que entenda minhas coisas boas e que me dê aquele olhar de “é, aquele cara é realmente bizarro” ou “é, eu sei de que cena do filme você está falando” ou ainda “sei bem que dor é essa, tipo uma angústia numa parte do peito que nem existe, sei bem”.

A pessoa mágica já chegou a mim de algumas maneiras. Mas se perdeu completamente, provando que mágica é tudo mentira mesmo. Porque eu não faço questão de muita coisa nessa vida. Já aceitei o trânsito, já aceitei minha bunda não ser igual à da Juliana Paes, já aceitei o mala não me querer nem com todos os meus personagens juntos tentando alegrar seu mundo. Já aceitei tudo. Menos viver sem a pessoa mágica.

Mas estou falando da pessoa verdadeiramente mágica. Aquela que não enfia a varinha no meu peito depois e diz “hey, deixei seu mundo menos idiota por um tempo, mas a verdade é que sou falso, medíocre e adoro te ver na sua lama existencial”.

Não é pedir muito. Um ser. Apenas um. Pode ser até uma coisa pior do que sapo e cachorro: pode ser um amigo da internet. Pode ser nerd. Feio. Mal vestido. Não, pensando bem não pode não. A pessoa mágica tem que se vestir bem, cheirar bem, viver bem ou ao menos buscar isso (porque looser fazendo ironia inteligente não é autêntico, o cara foi ver sitcom na casa do primo melhor de vida e decorou as falas. Péssimo.) e ser real. Pensando bem a pessoa a pessoa mágica tem que ser muito, muito incrível. Onde é que estão as pessoas muito incríveis?

Até tem. Eu até tenho alguns amigos e conhecidos um pouco mágicos. Eu tenho um que é a melhor pessoa do mundo para conversar de livros e filmes. Tenho uma outra perfeita para falar de relacionamentos e fazer ironias contra pessoas chatas e bregas. Tenho um que é perfeito para falar das dores da alma do lugar no peito que nem existe. Tenho a pessoa mágica para me dar prazer. Tenho a pessoa mágica para me lembrar quem eu sou na essência.

Talvez não exista a pessoa 100% mágica. Justamente para a gente poder ter várias pessoas, justamente para a gente ver um pouco de magia em tudo.

Vinte e muitos



Tenho vários indícios de que não sou mais jovem. O primeiro deles é um certo mau humor.
Buzino quando estou atrasada para o trabalho e tem um casal se beijando na minha frente, cegos para o sinal que abriu. Quando eu era jovem, achava lindo. Agora acho chato, até porque preciso chegar logo no trabalho.
O segundo indício está pulando, nesse momento, para fora da minha agenda. Dezenas de contas para pagar. Quando eu era jovem, não pagava tantas contas ou não pagava nenhuma. Primeiro porque ainda contava com a graninha da mamãe e do papai e depois porque minha conta bancária nem me permitia fazer tantos gastos e arcar com tantas responsabilidades.

O terceiro é uma falta de saco para tudo o que está “bombando”. Me recuso a estar no centro dos acontecimentos. Tenho medo de multidão, impaciência para fila e preguiça de barulho. Prefiro viajar fora de temporada e ir a festinhas fechadas só para amigos.
O quarto indício é uma sensação de que “não cabe mais muita gente”. Meu mundo ficou pequeno. Quando se é jovem todo mundo é seu amigo e o seu coração ainda é enorme. Você divide a casa, o banheiro, a comida, o lugar, o namorado, a prova... Agora não me vejo morando com mais ninguém (a não ser o pai dos meus filhos que, diferentemente de quando eu era jovem, tô louca para que apareça), não me vejo mais amando milhares de pessoas, me tornei seletiva e tenho poucos e bons amigos. E odeio definitivamente dividir banheiro.

O quinto indício é que passei a gostar de coisas que, quando eu era jovem, não me imaginava gostando de jeito nenhum. Pra começar não passo nem na porta de lanchonetes de rede. Almoço feliz pra mim é feito de grelhados, legumes, saladas e coisas integrais. Bebida pra mim deixou de ser aquela pra me deixar louca e passou a ser aquela para limpar qualquer resquício de loucura de dentro de mim. Água de coco virou o meu vício. Batata frita a morte. É, aprendi a comer, mas sinto falta de quando eu achava que sabia o que era realmente viver. Agora eu vivo muito melhor, mas sem aquela ânsia toda. De vida e de estômago estragado pelas porcarias.
O sexto e definitivo indício é que me nasceram algumas ruguinhas no canto dos olhos e alguns poucos e fortes cabelos brancos. Tenho, sei lá por que, certo orgulho deles. Acho que são a prova de que sobrevivi à fase em que a gente precisa ser mais forte e mais macho e mais maduro e mais equilibrado do que qualquer outra fase da vida: a fase em que se é jovem! Ô fase boa, mas ô fase difícil!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Cenas do cotidiano



Ele: “Oi, passei no shopping e te comprei esta trufa. Procurei flores, mas não havia.
Posso entrar?”
Ela: " Doce recheio para uma vida que hoje é mais
perfumada e gostosa. Que bom que você veio, foi e, enfim, voltou."

Quase 30


Chegam primeiro pensamentos sobre o futuro. E os filhos? Onde estão os filhos? Não há nenhum, ainda. E virão? Virá apenas um, porventura? E como será a partir de agora? Exames e mais exames, cuidados adicionais, mãe tardia e menos paciência. E quando ele tiver 20, eu já estou quase na reforma.

Depois os do passado. Já passaram 2 anos? Sim, tanto tempo. Parece que foi ontem que deixei o ninho. Chego em casa e lá está o armário vazio, o lugar vago na cama. E claro que não ligou. Claro que não. Esperava que ligasse? Não sei. Tinha pensado que era possível. Não era uma esperança, não era um desejo. Era apenas uma possibilidade. Mas... quem?

E então o presente. Há tanto ainda por fazer. Uma casa para comprar a dois, uma família para reunir, mais amigos para rir, viagens para fazer, sobrinhos e afilhados para beijar, livros para ler, concertos para ouvir, espectáculos para assistir, pessoas para juntar, trabalho para fazer, projetos para concretizar, mimos para dar. À Mãe. Amor para dar. Amizade para partilhar. E quem sabe outros quase 30.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Sê-bo(l)a




Retirar cada casca.

Chorar a cada novo formato que se forma.

Desformar. Descascar.

Chorar. Menos. Menos cascas.

Descascar.

Desnudar a pele cada vez mais sensível.

Descascar.

Acabar e ainda ser.

Seguir sentindo o gosto, o cheiro, o choro...

Alguma semelhança com a vida?

(Raquel Oliveira)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Saudade....


Caso hoje me fosse possivel ter outro nome, seria saudade...
Sinto você tão perto que chega doer cá dentro no peito.
Queria tanto que você estivesse aqui ao meu lado para vibrar a cada conquista minha, ver como estou fazendo da minha vida uma linda estrada. Que cresci, que já sei o que é perder e me reerguer firme e serena. Que aprendi a perdoar. Que já sei o que é amar. Que o mundo agora é mais leve e mais colorido. Que a vida tem novo sentido desde que você partiu para sua viagem. Que sonho todo santo dia com uma nova chance de lhe abraçar. Que queria muito que você conhecesse minha casa. Que viesse aqui e falasse: "Aí, Doce, hein?" Que queria novamente passar o dia pescando com você. Que sinto saudades das suas broncas, dos seus abraços, dos seus telefonemas diários, dos seus beijos, do seu colo. Que sem você eu perdi meu chão, e aprendi a voar. Que sua falta me fez uma mulher guerreira e com sede de viver para poder ser aqui tudo o que você sempre sonhou pra mim... E que meu choro é o grito de minha alma a lhe dizer: PAI, TE AMO!!! SEMPRE!!!

Raquel - Instruções do meu manual


Por vezes tomam-me por contraditória... mas é só enquanto me conhecem pouco. Com o tempo, verifica-se que sou previsível dentro da minha imprevisibilidade... mas não esperem que isso seja um processo rápido, nem há garantias que ele vá ocorrer... Não por eu ser alguém especial e misteriosa, mas porque eu mesma não tenho controle sobre aquilo que transpareço ou oculto... Eu sou aquela que vai escorrendo como um rio, as vezes respeito suas margens, as vezes invado e inundo tudo arrastando com ferocidade qualquer coisa que estiver no caminho... Em outros momentos sou dócil e apenas condenso, viro nuvem e vou chover em outro lugar....

domingo, 24 de fevereiro de 2008

A Ostra E O Vento



Vai a onda
Vem a nuvem
Cai a folha
Quem sopra meu nome?
Raia o dia
Tem sereno
O pai ralha
Meu bem trouxe um perfume?
O meu amigo secreto
Põe meu coração a balançar
Pai, o tempo está virando
Pai, me deixa respirar o vento
Vento

Nem um barco
Nem um peixe
Cai a tarde
Quem sabe meu nome?
Paisagem
Ninguém se mexe
Paira o sol
Meu bem terá ciúme?
Meu namorado erradio
Sai de déu em déu a me buscar
Pai, olha que o tempo vira
Pai, me deixa caminha ao vento
Vento

Se o mar tem o coral
A estrela, o caramujo
Um galeão no lodo
Jogada num quintal
Enxuta, a concha guarda o mar
No seu estojo
Ai, meu amor para sempre
Nunca me conceda descansar
Pai, o tempo vai virar
Meu pai, deixa me carregar o vento
Vento
Vento, vento

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Rach por Marcelly...

"Rach, esse eu achei a sua cara!"
-Marcelly Amorim


Humm...


E se a sexta-feira fosse uma cor, com que tons a pintariam?
(E agora o desafio) Porquê?

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

EU


Mínima sou,

mas quando ao Nada empresto a minha elementar
realidade,

o Nada é só o Resto.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Sou perfeita porque igualzinha a você eu não presto, eu não presto


A verdade é que ninguém, no fundo, presta, mas só quem é realmente idiota pra assumir é que aparece e vira referência. Foi pensando assim que descobri minha serventia, a melhor de todas: espelhar o mundo imprestável em mim enquanto os outros vivem em paz com suas máscaras. Eu sirvo para o serviço sujo, enquanto os outros sorriem de banho tomado e roupas novas e caras. A mulher que não prestava é uma pessoa, como você, extremamente ordinária. Com a única diferença de que muitos escondem isso para sobreviver, e eu sobrevivo justamente mostrando.
Bom espelho.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Mania de Raquel...

Tinha a mania que escrevia.
Era sua, a mania.
Ninguém
lha tirava.
Antes essa, que outra.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Minha paixão


"São as paixões que esboçam os nossos livros, e o intervalo de repouso entre elas que os escreve."

(Proust in À procura do tempo perdido)

Tuning In


Real name: CosmopolitanSoul

Hobbies: To live in caves, at the edge of precipices, feeling the sordid combination of memories and inventions. To search for an explosion of feelings that rips the soul and burns under the skin. To be hungry and thirsty for the sky! To condense the world into one hysterical laugh, a velvet smile or a lonely tear!


Favourite Quote: The most bright reason of enchantment, my Love, is hidden in the shadows of the dark, away from the light that blinds us.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

‘Singles Awareness Day'

Será que posso achá-lo via google? Será?

When LIGHT makes me write


Para que a luz não acabasse era preciso pedir ao futuro que dormisse.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Pessoa


Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.

(Fernando Pessoa)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Fortuna


Diálogos surdos que povoam a imaginação de ruídos suportáveis.
Gestos medidos.
Palavras (pre) meditadas,
onde nada acontece por acaso,
onde a fortuna não é sorteada numa qualquer roda de feira ambulante.
Ou não:
os diálogos continuam a ser surdos,
mas os gestos e as palavras surgem a partir dos seus antecessores e,
afinal, a roda gigante da fortuna desliza
a uma velocidade vertiginosa.

Melt my heart to stone


Right under my feet there’s air made of bricks

Pulls me down turns me weak for you

I find myself repeating like a broken tune

And I’m forever excusing your intentions

And I give in to my pretendings

Which forgive you each time

Without me knowing

They melt my heart to stone


And I hear your words that I made up

You say my name like there could be an us

I best tidy up my head I’m the only one in love

I’m the only one in love


Each and every time I turn around to leave

I feel my heart begin to burst and bleed

So desperately I try to link it with my head

But instead I fall back to my knees

As you tear your way right through me

I forgive you once again

Without me knowing

You’ve burnt my heart to stone


And I hear your words that I made up

You say my name like there could be an us

I best tidy up my head I’m the only one in love

I’m the only one in love


Why do you steal my hand

Whenever I’m standing my own ground

You build me up, then leave me dead


Well I hear your words you made up

So I say your name like there could be an us

I best tidy up my head I’m the only one in love

I’m the only one in love.

(Adele)


Disponível aqui

Poesia


"E melhor se poderia dizer dos poetas o que disse dos ventos Machado de
Assis: 'A dispersão não lhes tira a unidade, nem a quietude a
constância'."
(Mario Quintana - Caderno H)

sábado, 9 de fevereiro de 2008

A dinda


Nossas emoções são apenas incidentes.
T.S. ELIOT

Mudança



Chegou e sentou-se. Não sabia muito bem o porquê de estar ali. Se calhar sabia, apenas não o queria admitir. Pediu o menu, simplesmente para ter algo com que entreter as mãos, pois o pensamento não estava interessado na inúmera lista de deliciosas iguarias. Folheou-o com toda a calma do mundo, sem o ler. Sabia exatamente o que iria pedir quando o garçom voltasse. O do costume. Era uma pessoa de hábitos regulares e tudo o que fugisse à norma, qualquer regra quebrada era sinônimo de desconforto.
E era precisamente esse desconforto que lhe ocupava o pensamento. Não sabia se tinha agido mal ou bem. Não conseguia medir o tamanho das conseqüências da sua atitude. As idéias chegavam-lhe como cartas de um baralho totalmente desordenado, atiradas para cima de uma mesa, no entanto não se sentia com capacidade de as ordenar.
Começou a habituar-se ao caos. Estava a saber-lhe bem. Olhou novamente o menu e pediu algo novo. Diferente. Como dali em diante.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

.



"Para bom entendedor, um pingo é pingo. Se entender letra já entendeu tudo errado."

Chinese New Year



Começa hoje mais um ano chinês. A festa inicia-se com a lua nova e prolonga-se por 15 dias.

Parabéns, Portela!



Porque minha alma é Portelense... em eterno romance com o coração Mocidade...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Pq me deu SAUDADES



Hoje faz um ano, oito meses e cinco dias que sua vida aqui terrena teve um fim. Você iria gostar de ver a Portela desfilar lindamente, odiar me ver loira, e me ligar agora na 4a feira de cinzas para perguntar: "Tá viva, doce?" É tão estranho pensar em você assim, como parte do passado. É tão cruel sentir sua presença aqui ao meu lado todo o tempo, mas sem poder tocá-lo e nem lhe perguntar todas estas dúvidas que me vão n’alma.

Ler seu nome, ver suas fotos, lembrar de seu sorriso... Isto tudo sentindo a sua tristeza que também é a minha, desta saudade que apaga todo e qualquer limite entre o mundo dos vivos e dos mortos. Mas como é dolorido pensar-te assim, morto. Por que sei que agora está mais vivo do que antes em meu ser, em minha essência.

São tantas as lembranças... As pescarias, os torneios, as nossas viagens de carro Brasil a fora e as de pensamentos e diferenças alma adentro. Suas manias, seus gestos.. seu coçar a cabeça, as suas histórias todas as noites antes de eu dormir, o seu jeito de me chamar de “Doce”, meu primeiro sutiã que você comprou, insistindo que eu usasse brincos ["Doce, você vai ficar linda, filha!"], me levando pra fazer inúmeras provas e sempre me apoiando, nossas brigas [Esta é a pessoa que eu mais brigo, mas que mais gosto!], nossas idas aos jogos de futebol, sua alegria em comemorar comigo no Nova Capela ["Só vc p/ me trazer p/ a Lapa, doce!"], seu choro na minha formatura da faculdade, e seu sorriso quando passei no Mestrado [Vê se não vai virar "bestanda", hein?], seu pedido de que nós nos afastássemos, e os 6 meses sem lhe ver antes do seu desencarne... A sua capacidade de ser mais amigo do que pai, de me proteger sempre, e de ser mais emoção do que razão.

Suas dicotomias, tão suas.. que herdei como minhas. Sua existência explosiva e dócil, marcante em minha vida pra todo o sempre.

Sei que você está ao meu lado aqui quando escrevo estas linhas, e que está orgulhoso de como venho levando minha vida. Você faz parte desta minha história, e em cada momento meu, em cada passo que dou, elevo meus pensamentos e busco a ti. Escolhas em nossas vidas nos levam a caminhos sinuosos, perigosos, e findos. Que agora como espírito, você possa ter maior paz e a certeza de que eu sempre me orgulharei de ter lhe tido como meu PAI nesta vida. E que ainda que estejamos em planos diferentes, o amor que temos um pelo outro nos fará sempre “Doce” e “Du”. Que Deus lhe abençoe hoje e sempre!

Te amo, sempre!

Raquel

Esperar


do Lat. sperare

v. tr.,
ter esperança em;
supor, ter como provável;
aguardar, dar tempo;
aguardar emboscado;

v. int.,
estar à espera;
crer, confiar;
estar na expectativa.

Aquarela do Brasil


AMO MUITO!!!
Há como se viver sem samba, chorinho e Rio de Janeiro?
Sentirei saudades...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Carnaval é...


... não se lembrar que dia é hoje...
... lembrar se não foi noite ontem...

Antes de ir para o bloco...

Vinha do seio dela, entre a renda e a miçanga, um cheiro de mulher e um
cheiro de cananga. Eram os olhos seus, sob a fronte alva e breve, como
dois astros de ouro a arder num céu de neve. Mordia, por não rir, o lábio
úmido e langue, vermelho como um corte ainda vertendo sangue...
E falei-lhe de amor...

Máscaras Virtuais para...

PERSONAGENS REAIS?

Arlequim : Um desejo
Pierrot : Um Sonho
Colombina: A Mulher
Em qualquer terra em que os homens amem.
Em qualquer tempo onde os homens sonhem.
Na vida.

E assim acabou este Carnaval...


"Não! não me compreendeis...

Ouvi, atentos, pois meu amor se compõe do amor dos dois.

Hesitante entre vós, o coração balanço, o teu beijo é tão doce, Arlequim... o teu sonho é tão manso, Pierrot...

Pudesse eu repartir-me e encontrar minha calma dando a Arlequim meu corpo...e a Pierrot, minha alma!

Quando tenho Arlequim, quero Pierrot tristonho pois um dá-me prazer, outro dá-me o sonho!

Nessa duplicidade o amor todo se encerra um me fala do céu... outro me fala da terra!

Eu amo, porque amar é variar e, em verdade, toda a razão do amor está na variedade...

Penso que morreria o desejo da gente se Arlequim e Pierrot fossem um ser sómente.

Porque a história do amor só pode se escrever assim um sonho de Pierrot e um beijo de Arlequim!"

Recado ao Boêmio


No final do carnaval, paro e fico devaneando: será que a colombina teve mesmo seu pierrô apaixonado? Ou toda esta história não foi apenas o resultado, esplenderoso, duma noite de samba fértil na mente de Noel?
Sim, porque boêmios são humoristas do prazer e da irreverência, e no carnaval ficam mais e mais 'produtivos'... E as colombinas? Bem... Estas são 'raquéis' que não resistem ao charme destes poetas do samba e, sem o menor pudor, rendem-se aos encantos da melodia daqueles que a levam, literalmente, no bico, na flauta ou nas cordas de um violão...
Hoje, colombina chuta a rigidez que a engessa, e de posse duma licença poética momesma, permite-se rir da vida junto ao pierrô, a quem ela vê como o ingênuo, sentimental e romântico. Já fora das amarras do dia-a-dia, assume-se sem máscaras como uma caricatura de si mesma: sedutora e volúvel. Ela faz do pierrô apaixonado, o seu amante arlequim - palhaço tal como o cotidiano vigente, farsante tal qual a Colombina que, um dia, alguém pensou ser "santa".
Eis toda a arte de amar! Eis, Pierrô fantasista, a suprema criação de minha alma, também, de artista...

"Eu amo, porque amar é variar e, em verdade, toda a razão do amor está na variedade..." - Menotti


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Reflexão momesca Intra-amigos

pois é...
depois de certa idade
e tantos livros lidos
não dá pra ficar comendo qq coisa
o gosto tb se educa

Destino



"O destino costuma estar ao virar da esquina. Como se fosse um gatuno, uma rameira ou um vendedor de lotaria: as suas três encarnações mais batidas. Mas o que não faz é visitas ao domicílio. É preciso ir atrás dele"

(Carlos Ruiz Zafón in A Sombra do Vento)

Negligência de um Boêmio


do Lat. negligentia

s. f.,
falta de cuidado, de aplicação;
descuido, incúria;
desleixo;
desmazelo;
preguiça.

Dia Perfeito


Há dias perfeitos. E há dias quase perfeitos.
Prefiro os segundos, pois deixam na boca o desejo de atingir a perfeição dos primeiros.

P.S.: Quando ouvirei o som do 7 cordas?

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Futuro presente




Ansiedade, frio na barriga, sono agitado e horas que parecem nunca passar. Assim têm sido meus dias. Dias de espera. Mas afinal, o que eu espero? Um algo vago, perdido no tempo que não foi porque ainda não é. Não sei o que espero, mas espero. Ou talvez, ao invés de esperar, esteja eu sendo esperada. Nesse caso, seriam os meus dias, dias de sentimentos antecipados. Pressentimento. Dias marcados por uma percepção clara, embora pouco compreendida, do que está por vir. Intuição. Será então que um acontecimento importante me aguarda logo ali na curva do dia de amanhã? Um amanhã que hoje, para mim, parece o dia de uma grande viagem, de um reencontro muito esperado, de uma conquista importante, de um crepúsculo matutino esplendoroso após longos dias de tempestade. Será? O que será que será? Espero (afinal, eu espero mesmo) que seja o pretérito imperfeito transformado em um futuro presente mais que feliz.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

I'll be waiting


Gostei...



Amei a homenagem à Nara... Amei a sua dica... Amei conhecer.
P.S.: Bom carnaval!!!

"Diz que fui por aí..."

Carnaval, ninguém me leve a mal...

Já é carnaval. E nesse dia ninguém chora. Não chora porque é o hoje o dia da alegria e a tristeza nem pode pensar em chegar. Vou tomar parte na festa, vou tomar um porre de felicidade, vou sacudir, eu vou zoar toda a cidade. Quanto riso, ó quanta alegria! Serei um dos muitos palhaços no salão. Mas não quero ver o Alecrim chorando pelo amor da Colombina, mesmo que a Colombina seja eu. Se foi um rio que passou em minha vida, certamente vai passar... Se não foi, explode coração na maior felicidade! Mas só depois que o bloco passar, porque, afinal é carnaval e até a quarta-feira de cinzas meu único compromisso é com a diversão.