Leio. Releio. Volto a ler. Viro páginas. Avanço linhas.
Palavras minhas eu assino, dos outros eu transcrevo, dum passado que não teve futuro, dum presente que nunca exi stiu.
Frases que me fazem sorrir, outras que me inundam o olhar.
Histórias que fazem a minha história, remotas ou recentes, e que por muitas letras que destrua ficarão sempre na memória.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Desejo a você total liberdade para que rasgue páginas neste espaço. Rasgar, romper, transformar algo em outro novo, mesmo que a si mesmo.
A vida é uma sucessão de rasgos, remendos, feituras e escolhas.
Esteja LIVRE!



quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Free Tabacas!


Acredita em mim

Alô moçada É sucesso
Tá chegando o BiroLeyby

O que? Opa! Deve ser algo como o Thomaz Green Morton. O guru dos artistas globais e da Baby Consuelo. (não é Baby do Brasil não. Na época era Consuelo mesmo) Aquele cara que gritava “Ráááááá”, lgo me diz isso. É acendia luzes e ressuscitava passarinhos mortos. Algo me diz isso que é ele. Um jorro de energia que estou sentindo...


Biro Leyby dá asa!!
Cria asa periquita treme treme a tabaca
Cria asa periquita treme treme a tabaca

Não falei? Não foi o Red Bull. Foi o Biroleyby que deu asas e soprou vida novamente à pobre periquita. É demais! Quanta bondade! Uma alma ressuscitadora de periquitas. Coisa bonita.
Mas agora, o que é tabaca? Seria um apelido carinhoso da periquita, suponho. Então imagino a tabaquinha toda feliz de bico aberto e respiração ofegante tremendo de alegria. É simplesmente lindo! Pura mágica e poesia. Sinto-me levitar a periquita.

Treme,treme,treme,treme,treme a tabaca
Treme,treme,treme,treme,treme a tabaca
Treme,treme,treme,treme,treme a tabaca
Treme,treme,treme,treme,treme a tabaca


A tabaca treme! Vida longa ao Biroleyby! Quanta emoção! Homens como Biro sabem fazer uma Tabaca tremer sem sentir dor.


BiroLeyby tá chegando pras gatinha abusada
BiroLeyby tá chegando pras gatinha abusada

A lei chegou à cidade, gatinhas felinas: Biroleyby não vai deixar mais nenhuma tabaca escrava da solidão. Free Tabacas!!!! Free!
Nenhuma tabaca sofrerá repressão novamente. O mestre iluminado também nos poupará da maldição do plural. Acabou a festa das gatinha abusada. E o presidente garranchou embaixo.

Cria asa periquita
Treme treme a tabacabaca
Cricriacriacria asa periquita
Cricricriacria asa periquita
Treme treme a tabaca

Aqui, exclusivo para você, a seqüência de palavras mágicas que Biroleyby, o santo, usa para salvar as pobres tabacas que suspiram por sua ajuda. Parece que ele tá caguejando né? Truque puro.
Sacode carolaaaaa!!! É nois!!!

Convocando as fiéis (as carolas), a sacudirem cada uma suas tabacas. Que forte isso. Bonito. Louvemos.


Birulaybe,birulaybe,birulaybe,birulaybe,birulaybe,birulaybe,
IhihhhhhhhhhhhihihihihiBiro Leyby, Biro Leyby, Biro Leyby, Biro Leyby, Biro Leyby, Biro Leyby,IhihhhhhhhhhihihihihihihihhhhhhhihiiiiiiiiihihhhhhhhhhhhhhhiihhhhhhhhhhihhhIh,ih,ih,ih,ih,ih,ih,ih,ih,ih,ih

O mantra mágico é inspirado no canto Yodel dos nórdicos. Podemos ver aqui que se trata de um culto ecumênico. Biroleyby é, antes de tudo, um iluminado agindo em prol das periquitas. Santo Biro.

Sou eu
Sou o sou o famoso BiroLeyby,
Hummmm,
Sou eu
Sou eu sou o jou o famoso biruleybe
Hummmm, sou eu
Acredita em mim!

O xamã entrou em crise. Precisa se auto-afirmar para manter o rebanho. Ele quer, ele pede que acreditemos nele. Será que devemos? Sacode carolaaaa!
Novamente Biro convoca suas fiéis carolas a sacudirem suas tabacas.


Cria asa periquita treme treme a tabaca
Cricricria periquita treme treme a tabaca

A tabaquinha abre o bico, recobra forças e treme cheia de alegria.

Treme,treme,treme,treme,treme a tabaca
Treme,treme,treme,treme,treme a tabacabaca
Treme,treme,treme,treme,treme a tabaca
Treme,treme,treme,treme,treme a tabaca

As palavras mágicas novamente. É impressionante, ele não tem medo de revelá-las a todos.

Biro Leyby tá chegando pras gatinha abusada
Biro Leyby tá chegando pras gatinha abusada

Relembrando: Agora há lei. Free Tabacas! O plural foi abolido!
É pras gatinha abusada se ligar: nada de morder a Tabaca.

Cria asa periquita
Treme treme a tabacabaca
Cricriacriacria asa periquita
Cricricriacria asa periquita
Treme treme a tabaca

Tá difícil, ele precisa repetir indefinidamente as palavras mágicas. Parece que a tabaca em questão está bem maltratada.

Sacode carolaaaa!!! É nois!!!

Carolas, vocês já sabem o que devem chacoalhar...
Biro Leyby, Biro Leyby, Biro Leyby, Biro Leyby, Biro Leyby, Biro Leyby,IhihhhhhhhhhhhihihihihihihBiro Leyby, Biro Leyby, Biro Leyby, Biro Leyby, Biro Leyby, Biro Leyby,IhihhhhhhhhhhhihihihihihihihhhhhhhhhhihiiiiiiiiihihhhhhhhhhhhhhhiihhhhhhhhhhihhhIh,ih,ih,ih,ih,ih,ih,ih,ih,ih,ih
O mantra mágico que unta a alma das fiéis.

Sou eu sou o sou o famoso Biro Leyby
Hummmm, sou eu!!!
Sou eu sou o sou o famoso Biro Leyby
Hummmm, sou eu!!!
Biro Leyby

Repete. Repete. Repete.

bálsamo literário...


Poema das sete faces - Drummond

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombradisse:
Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus,
pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigoso
homem atrás dos óculos e do bigode,

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima,
não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Quero ser Charlie Kaufman

Como muitos já sabem, Charlie Kaufman - o autor de “Quero ser John Malkovich” (1999), “Adaptação” (2002) - que revi em dvd este domingo - e “Brilho eterno de uma mente sem lembranças” (2004) - é hoje o roteirista mais influente e badalado de Hollywood. Mas o que talvez nem todos tenham percebido é que ele vem sendo imitado de maneira tão descarada que já originou um subgênero cinematográfico: o das comédias “kaufmanescas”.

O mais novo exemplo desse fenômeno chama-se “Mais estranho que a ficção” e estreiou dia 12/01 no Brasil. Roteirizado por Zach Helm, o filme conta a história de Harold Crick (Will Ferrell), um auditor da Receita Federal americana que um dia descobre ser o personagem de um livro escrito por Kay Eiffel (Emma Thompson) e que está prestes a ser morto pela autora. Enquanto descobre o amor com uma dona de padaria (Maggie Gyllenhaal), ele tenta encontrar a autora para transformar seu destino de tragédia em comédia. Em duas palavras: puro Kaufman.

Não é muito fácil encontrar uma definição para os filmes escritos por ele. São comédias metafísicas/surreais ou existenciais/fantásticas. Mas eles costumam seguir o mesmo script: um homem comum se vê metido de repente em uma situação absurda; primeiro, ele entra em desespero, depois encontra uma possibilidade de redenção.

Em “John Malkovich”, John Cusack interpreta um sujeito que encontra no sétimo e meio andar de seu trabalho um portal para a cabeça do ator americano que dá título ao filme. Em “Brilho eterno”, Jim Carrey descobre que sua ex-namorada decidiu participar de um experimento científico para apagá-lo de sua memória e decide fazer o mesmo.

Os roteiros de Kaufman têm evidente influência dos romances do escritor tcheco Franz Kafka, como “O processo” - em que um homem não consegue descobrir, em meio a um labirinto burocrático, a razão de estar sendo processado - ou “A metamorfose”, aquele que começa com a célebre frase: “Certa manhã, ao acordar de sonhos inquietos, Gregor Samsa viu-se transformado num gigantesco inseto”.

Em um interessante artigo para o “London Times”, o jornalista Kevin Maher defende a tese de que o impacto da obra Kaufman não se limita aos filmes independentes, mas também aos blockbusters hollywoodianos. Ele cita como exemplos “Click”, em que Adam Sandler adquire um controle remoto que avança, pausa ou retrocede o tempo de sua vida, e “Déjà vu”, em que o policial Denzel Washington usa um computador que reconstitui o passado para evitar um crime já cometido.

Já nos cinemas no Brasil, “Déjà vu” é uma má imitação de Kaufman, um bizarro encontro do universo do escritor com a direção cafona de Tony Scott (”Top gun”) e a produção espalhafatosa de Jerry Bruckheimer (”Piratas do Caribe”). Já “Mais estranho que a ficção” é um cover talentoso, que aproveita o ótimo comediante Will Ferrell em um papel de maior envergadura dramática, a exemplo do que foi feito com Jim Carrey em “Brilho eterno”, uma direção elegante de Marc Foster (”Em busca da terra do nunca”) e um roteiro com uma mensagem esperta: o drama pode até render grandes obras de arte, mas é o humor que transforma uma visão de mundo.

Maher aponta outros dois filmes com influência de Kaufman: “I’m not there”, em que sete atores interpretam o Bob Dylan, e “A ciência do sonho”, em que Gael García Bernal tenta controlar seus sonhos para viver neles uma paixão com sua vizinha. Nesse caso, a conexão com a obra do roteirista é mais do que natural, já que o diretor francês Michel Gondry é o mesmo de “Brilho eterno”.

Mas o grande filme “kaufmanesco” de 2007 será escrito e dirigido pelo próprio Kaufman. “Synecdoche, New York” será o primeiro longa como cineasta. A história vinha sendo guardada a sete chaves pelo reservado roteirista, mas o jornalista Jay A. Fernandez conseguiu uma cópia do texto e escreveu a respeito em sua coluna Scriptland, no jornal “Los Angeles Times”.

Segundo ele, o filme será sobre um diretor de teatro que pensa estar morrendo e muda suas interações com o mundo, sua arte e as mulheres de sua vida. “É sobre morte e sexo e a bagunça manchada de vômito, merda, urina e sangue que a vida se torna psicologicamente, emocionalmente e espiritualmente”, escreveu Fernandez.

“Se o filme que for realizado lembrar de alguma forma o que está escrito, será um tipo de milagre. ‘Synedchoque’ fará ‘Adaptação’ e ‘Brilho eterno’ parecerem filmes educativos. Ninguém escreveu um roteiro como esse. É questionável se o cinema é capaz de sustentar o peso temático e narrativo de uma história tão ambiciosa. ”

Alguns críticos que respeito muito acham Kaufman meio truqueiro. Sou do time que acredita haver substância por trás da idiossincrasia. Mas, goste-se ou não dele, é difícil negar que Kaufman se tornou um nome fundamental do cinema contemporâneo. Ninguém vira adjetivo à toa.

Fazendo sexo com Orson Welles

Mais uma pérola do YouTube, compartilhada por Daniel Caetano, crítico da Contracampo: dois trechos de “O outro lado do vento” (The other side of the wind), projeto inacabado que Orson Welles (”Cidadão Kane”) rodou em 1972.
O filme conta a história de um cineasta independente (interpretado pelo diretor John Huston, de “Relíquia macabra”) que, depois de uma série de fracassos comerciais, planeja fazer um filme cheio de sexo e violência para reativar sua carreira.
Welles completou as filmagens, mas nunca conseguiu montar “O outro lado do vento”. Depois da morte do cineasta em 1985, houve algumas tentativas de levá-lo a termo, mas elas esbarraram em problemas legais. O cineasta Peter Bogdanovich (”A última sessão de cinema”), amigo de Welles que participa da produção como ator, ainda planeja concluí-lo.


O diretor de “Cidadão Kane” só montou duas cenas para uma exibição especial em uma retrospectiva de sua carreira. São justamente esses os trechos que caíram no YouTube. Em uma deles, Huston dá uma coletiva de imprensa, e edição frenética mostra alternadamente o ponto de vista das várias câmeras que o rodeiam.


Acima, você pode ver o outro trecho, em que um homem e uma mulher fazem sexo no banco de passageiro de um carro, enquanto um terceiro dirige o veículo com os olhos fixos na estrada. São cenas curtas, mas de montagem vigorosa, que reafirmam o talento incomum de Welles e deixam uma certa tristeza pelo fato de ele não ter conseguido completar o filme.

Passagens, de Walter Benjamin





Por 13 anos, de 1927 até seu suicídio em 1940, o filósofo alemão Walter Benjamin trabalhou num projeto que os críticos quase sempre descrevem, com pouca criatividade mas inegável justiça, como monumental. Recolhendo milhares de citações em fontes tão diversas quanto poemas de Baudelaire, textos de Marx e guias turísticos, ele empreendeu um estudo profundo sobre a Paris do século XIX. A obra foi finalmente publicada em 1982 com o título Das passagen-Werk (A obra das passagens). Agora, foi concluída a primeira tradução integral para o português, lançada num volume único e imenso de 1.168 páginas. A edição é resultado de quatro anos de trabalho de uma equipe de pesquisadores coordenados por Willi Bolle, com a colaboração de Olgária Matos. Segundo uma entrevista de Bolle concedida ao jornal O Globo, a edição brasileira aproveita e aperfeiçoa elementos de todas as edições anteriores.


O Globo - 28/1/2007 - por Miguel Conde [meu colega da época de ECO-UFRJ]

Chico Buarque cantou para mim a noite inteira


E então eu acordei e quase caí da cama.
Tudo porque assisti seu mais novo show: monumental, espetacular, indescritível, inesquecível, arrasador, extraordinário, maravilhoso na última sexta, dia 26 de janeiro.


Eu acho que Chico Buarque é 10. Senão vejamos os motivos que me fazem acreditar nessa minha afirmação.


Ele é filho de uma das maiores inteligências do país, Senhor Sergio Buarque de Holanda, autor de obras imorredouras sobre a nossa cultura.


Alguns vão perguntar – Cultura? O que é mesmo cultura hein?


Bem, hoje não vamos debater isso, vamos deixar para outro dia que hoje eu só quero falar dele, de Chico Buarque o meu ídolo desde os meus 15 anos, ou seja, faz algum tempo.


O que é interessante é que dos meus 15 anos para cá o cara só melhorou, só se refinou, só se aperfeiçoou na difícil arte de compor letra e muitas vezes música criando assim obras primas que o “Canecão” inteirinho cantava junto com ele durante o show.


Músicas que falam do Brasil, do amor, de traição, do cinema, do abandono, do teatro, da família, da saudade, da literatura e do Rio de Janeiro.


Alias “Carioca” é o nome do espetáculo apesar de Chico ter sido criado em São Paulo e ter se formado no “racée” Colégio Santa Cruz no bairro do Alto de Pinheiros, em São Paulo.


No dia 19 de junho nasce, na Maternidade São Sebastião, no Largo do Machado, Rio de Janeiro, Francisco Buarque de Hollanda, o quarto dos sete filhos do historiador e sociólogo Sérgio Buarque de Hollanda e da pianista amadora Maria Amélia Cesário Alvin fluminense roxa., como o filho.


1946

A família muda-se do Rio para a Rua Haddock Lobo, em São Paulo. Seu pai é nomeado diretor do Museu do Ipiranga.


1953

Sérgio Buarque é convidado para dar aulas na Universidade de Roma e a família muda-se para a Itália. Compõe suas primeiras "marchinhas de carnaval" e torna-se trilingüe, falando inglês na escola (norte-americana) e italiano nas ruas.


1963

Ingressa na FAU - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Frustrando o desejo da avó materna, Maria do Carmo, que sonhava ver o neto desenhando cidades, Chico abandonaria o curso três anos depois. Um dos ingredientes para a decisão é o clima de repressão que toma conta das universidades após o golpe militar de 1964.



O cenário do show é lindo como o show.


Idealizado por Hélio Eichbauer - um móbile metálico reproduzindo as montanhas do Rio (Morro Dois Irmãos, título de uma música dele) - serviu à perfeição para destacar a teatralidade de cada canção.


Em sambas mais acelerados, como "Dura na Queda" e "Morena de Angola", era ensolarado pela iluminação do genial Maneco Quinderé. Na segunda, aliás, até um curto solo de calimba - pequeno instrumento de percussão africano, com som que lembra o da marimba - basta para arrancar aplausos entusiasmados do público.


Quando a sonoridade era de bolero (como em "Leve" e "Bolero Blues" ), palco e móbile ganham tons azuis, tom exato para as dores de amor. Ou o vermelho dos "inferninhos" - os bailes de antigamente em temas mais movimentados, como "A História de Lilly Braun" e "A Bela e A Fera".


Já em "Renata Maria" e "Outros Sonhos", o sol de Hélio transmuta-se em lua, emoldurando a paixão das canções.


A seguir, Bia Paes Leme sai dos teclados para dividir vozes com Chico em "Imagina", criação dele com Tom Jobim de 1983. Privilégio igual só tem o baterista Wilson das Neves, quase ao final da apresentação, ajudando "a chefia" a desfiar a divertida "Grande Hotel". em "Olé, Olá", esta no bis).


Chico, aliás, teve de voltar três vezes ao palco. Na primeira, cantando "Sem Compromisso" e "Deixa A Menina"; na segunda, "Olé, Olá ; e na terceira, "João e Maria", com a platéia cantando junto. Aí foi Chico quem aplaudiu.


Chico tem um Octeto que consegue soar como orquestra
Com seu violão, mais o piano de João Rebouças, os teclados de Bia Paes Leme (que brilha como cantora no contracanto de "Imagina"), o contrabaixo de Jorge Helder, ainda o sax e a flauta de Marcelo Bernardes e o ritmo de Wilson das Neves e Chico Batera, Luiz Cláudio faz um octeto soar como uma orquestra que dá a Chico Buarque a qualidade de som exata para a sua voz e as suas composições.


A luz amarela durante a canção Bye Bye Brasil, com novo arranjador espetacular, é linda, e nos leva para a viagem que a letra propõe.


Essa letra é um caso tão interessante em que as palavras acompanham as imagens do filme são muito mais eloqüentes do que o filme propriamente dito.


Cacá Diegues não é ruim mas Chico é muito melhor.


Oi, coração

Não dá pra falar muito não

Espera passar o avião

Assim que o inverno passar

Eu acho que vou te buscar

Aqui tá fazendo calor

Deu pane no ventilador

Já tem fliperama em Macau

Tomei a costeira em Belém do Pará

Puseram uma usina no mar

Talvez fique ruim pra pescar

Meu amor

No Tocantins

O chefe dos parintintins

Vidrou na minha calça Lee

Eu vi uns patins pra você

Eu vi um Brasil na tevê

Capaz de cair um toró

Estou me sentindo tão só

Oh, tenha dó de mim

Pintou uma chance legal

Um lance lá na capital

Nem tem que ter ginasial

Meu amor

No Tabariz

O som é que nem os Bee Gees

Dancei com uma dona infeliz

Que tem um tufão nos quadris

Tem um japonês trás de mim

Eu vou dar um pulo em Manaus

Aqui tá quarenta e dois graus

O sol nunca mais vai se pôr

Eu tenho saudades da nossa canção

Saudades de roça e sertão

Bom mesmo é ter um caminhão

Meu amor

Baby, bye bye

Abraços na mãe e no pai

Eu acho que vou desligar

As fichas já vão terminar

Eu vou me mandar de trenó

Pra Rua do Sol, Maceió

Peguei uma doença em Ilhéus

Mas já tô quase bom

Em março vou pro Ceará

Com a benção do meu orixá

Eu acho bauxita por lá

Meu amorBye bye, Brasil

A última ficha caiu

Eu penso em vocês night and day

Explica que tá tudo okay

Eu só ando dentro da lei

Eu quero voltar, podes crer

Eu vi um Brasil na tevê

Peguei uma doença em Belém

Agora já tá tudo bem

Mas a ligação tá no fim

Tem um japonês trás de mim

Aquela aquarela mudou

Na estrada peguei uma cor

Capaz de cair um toró

Estou me sentindo um jiló

Eu tenho tesão é no mar

Assim que o inverno passar

Bateu uma saudade de ti

Tô a fim de encarar um siri

Com a benção de Nosso Senhor

O sol nunca mais vai se pôr



Depois de algum tempo enfim um espetáculo com adrenalina e paixão.


Talvez como os, segundo mamãe, saudosos festivais da Musica Popular Brasileira, aliás onde Chico Buarque apareceu pela primeira vez cantando “A Banda” e nunca mais foi esquecido tamanho impacto que causou.


Como queria demonstrar o show de Chico é ouro puro, altamente recomendável, para qualquer idade, qualquer etnia, qualquer religião e principalmente para que ainda ama o Brasil. E não sou apenas euzinha que penso assim, tanto é que o show foi prorrogado até meados de fevereiro.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

It's About Time

Walking down to the water's edge
Where I have been before
If I don't find my love sometime
I'm walking out that door
Some may come and some may go
But no-one seems to be
The person I've been searching for
The one whose meant for me
Biding my time, trying to find a heart that's lonely
Looking for him, my love my one and only
Maybe I'll dream, tonight about the man who'll be coming my way
So I'll take this chance and celebrate the day
When I'm making my way through an open door
I've got some love and so much more
And I"m ready to make someone mine
Making my way through an open door
I've got some love and so much more
And I'll find him, 'cos it's about time
You try too hard and it feels just like
You're running on thin air
Why does luck happen by supriseIf you don't really care
The past is gone the flames are out
From fires that have burned
New ideals and different thoughts
From lessons I have learned
Biding my time, trying to find a heart that's lonely
Looking for him, my love my one and only
Maybe I'll dream, tonight about the man who'll be coming my way
So I'll take this chance and celebrate the day
When I'm making my way through an open door
I've got some love and so much more
And I"m ready to make someone mine
Making my way through an open door
I've got some love and so much more
And I'll find him, 'cos it's about time
Got the feeling this could take a pretty long while
To find that smile
Put my faith in another piece of good advice
Well I tried that twice
Waiting for, a little something more
To inspire, take me higher
And I"m ready to make someone mine
Making my way through an open door
I've got some love and so much more
And I'll find him, 'cos it's about time
It's about time
--Jamie Cullum--

Muito bom




A special kind of beauty exists which is born in language, of language, and for language. - Gaston Bachelard

O final de semana foi realmente muito bom!!

Raquel de cabelo novo + Chico + cerveja com amigos + livro no Jardim Botânico + caminhada + casamento de amigos + cerveja + prosecco + dançar até a madrugada + praia + almoço de domingo na casa da mama em família + picolé + Bangu + Barra + casa + dvd + caaaaaaaaaaama e... Segunda-feira!!
Bom, né?

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

É hoje!






A sexta já começa com prenúncios de um excelente final de semana.




Hoje é dia de Chico... Uau! Depois de 8 anos, novo show dele. Eu mais velha, já não mais uma caloura da ECO-UFRJ, já não mais morando na casa de meus pais. Mas sempre e eternamente babando por este homem.




Ele é o CARA!

O garoto da revista mad cresceu...






Lembram daquele garoto maluco e meio débil da revista MAD??? Pois é, o tempo passou e ele cresceu ....












quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Erotismo em Língua... Portuguesa

¨Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.
Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula, ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo.
É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa.
Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais, ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.
Estavam na posição de primeira e segunda pessoas do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.
Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunçóes e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.
Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.
Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora em todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente.
Aquilo não era nem comparativo, era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa máiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos.
Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo e o seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.
O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenada conclusiva."

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

AMOR incondicional

Meus dois amores!
SARAH

FÁBIO


Gosto se discute



Abaixo segue o texto do Zuenir, que está no http://contemporanea.nominimo.com.br/.
Adorei.
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Vivemos apregoando como se fosse um axioma que “gosto não se discute”, e nada mais discutíveis do que nossas preferências _ políticas, culturais, sexuais, amorosas. A gente passa grande parte da vida batendo boca por causa de divergências de opinião, que cada um tem a sua e não abre mão dela. Há, como se sabe, dois gostos: um bom, que é o nosso, e um mau, que é o dos outros. Até parece que tudo isso é para introduzir um grande debate filosófico, quando é apenas para tratar de um assunto tido como fútil e trivial: a moda, ou o que a moda está fazendo com as mulheres. Pessoalmente, não gosto delas muito magras, mas pelo que se vê na mídia eu é que estou fora de moda.Disse que o assunto é tido como fútil porque desde os anos 60, quando tomei conhecimento dos estudos de Roland Barthes, um dos pais da semiologia (“O sistema da moda”), aprendi que o tema é sério, já que as roupas, além de objetos de uso, são signos, ou seja, significam e revelam muito mais do que a simples função. Em outras palavras, por trás das roupas (sem duplo sentido, por favor) há estruturas simbólicas inesgotáveis. Mas não é sobre isso que quero falar, e sim sobre uma doença que deveria preocupar os pais das meninas que estão escolhendo a carreira de modelo: a anorexia. Outro dia falei mal das formas esqueléticas que são hoje o padrão estético das “manequins”, como se dizia no meu tempo, e fui alvo de irados protestos. É bem verdade que peguei pesado. Ao descrever uma foto do Fashion Rio publicada no Globo, eu disse: “ela exibe quatro pares de pernas tão finas e assimétricas que devem correr o risco de se partirem ao desfilar, sem falar nos joelhos, frágeis articulações de ossos cobertas apenas por uma tênue pele. E as coxas? Ah, as coxas! Em alguns casos, não se sabe onde elas começam, se é que começam”. E mais adiante: “O mesmo gosto que prefere formas descarnadas da cintura para baixo infla os seios de tal maneira que, se caírem no chão, são capazes de quicar feito bola de vôlei”. Além da grosseria, meu erro foi me meter a falar de gosto estético da moda, quando meu objetivo era chamar a atenção para um problema de saúde pública. O que eu queria era perguntar quantas dessas garotas precisam morrer para que seja feita alguma coisa? Não há mais dúvida de que a anorexia é uma doença, e que a sociedade e o mercado a estimulam. Li alguns depoimentos, e em um deles a top Letícia Birkheuer denunciava as agências de modelos. “Não conheço uma que tome cuidado”. Segundo ela, as meninas são tiradas das casas dos pais aos 13 anos e jogadas num apartamento. “Ninguém vê se estão fazendo regimes loucos, usando drogas, chegando às 5hs”. A ex-modelo Luisa Pontes acrescentava: “A moda quer aquele tipo andrógino, da menina que mal começou a menstruar”. Ela própria tinha 15 anos, 1,74m e 54 kg. quando foi contratada por uma agência. Logo passou a pesar 46kg e ficou anoréxica. Entre os 18 e 19 anos, só menstruava com medicamento. Hoje, aos 21, está curada e usa sua história como lição para as mais novas. Já Gisele Bündchen, que não tem nada de anoréxica, acha que são outros os culpados. “Os responsáveis são os pais e não a moda”, declarou, se dando como exemplo: “nunca enfrentei esse problema porque tive uma base familiar muito forte”. Seja de quem fora a responsabilidade pelo excesso de magreza vigente, deve haver algo de errado com um mundo que confunde doença com padrão de beleza.Tolerância não é silenciar diante da divergência, mas respeitá-las. Eu era ainda adolescente quando li essa afirmação de Voltaire: “Não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-lo”. Portador de amnésia crônica, incapaz de decorar um poema inteiro de meus poetas preferidos (Bandeira, Pessoa, Drummond, Lorca, Camões, Cabral), guardei essas quase 20 palavras como se as tivesse acabado. E olha que a construção é com o pernóstico pronome “vós”.

[Zuenir Ventura]

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Infância




Em homenagem aos filhos que ainda não tenho, e à sobrinha LIIIIIIIIIIIIIIIIINDA que tenho e amo muuuuuuuuuuuuito [e que esta charge é dela] ...



"É como se a infância fosse um ponto de chegada absoluto, colocado no início, e que a tarefa da vida fosse manter uma fidelidade a algumas emoções existentes na origem. Assim, um fio solidário e secreto une a velhice com a infância. É o ancião que busca no olhar daquele menino uma forma de piedade para ler-se a si mesmo. É o menino, que pouco sabe da vida mas que compreende de antemão o essencial, se aproxima e acompanha o ancião na medida em que ele se aproxima da morte. Porque no fundo, o menino que fomos não está apenas no início, mas está nos esperando também no final."


[Enrique Valiente Noailles ]

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

saudades de estudar Francês...

Un clown est mon ami
Un clown bien ridicule
Et dont le nom s'écrit
En gifles majuscules
Pas beau pour un empire
Plus triste qu'un chapeau
Il boit d'énormes rires
Et mange des bravos
Pour ton nez qui s'allume
Bravo ! Bravo !

Tes cheveux que l'on plume
Bravo ! Bravo !

Tu croques des assiettes
Assis sur un jet d'eau
Tu ronges des paillettes
Tordu dans un tonneau
Pour ton nez qui s'allume
Bravo ! Bravo !

Tes cheveux que l'on plume
Bravo ! Bravo !

La foule aux grandes mains
S'accroche à ses oreilles
Lui vole ses chagrins
Et vide ses bouteilles
Son cœur qui se dévisse
Ne peut les attrister
C'est là qu'ils applaudissent
La vie qu'il a ratée !
Pour la femme infidèle
Bravo ! Bravo !

Et tu fais la vaisselle
Bravo ! Bravo !
Ta vie est un reproche
Qui claque dans ton dos
Ton fils te fait les poches
Et toi, tu fais l'idiot
Pour la femme infidèle
Bravo ! Bravo !

Et tu fais la vaisselle
Bravo ! Bravo !
Le cirque est déserté
Le rire est inutile
Mon clown est enfermé
Dans un certain asile

Succès de camisole
Bravos de cabanon
Des mains devenues folles
Lui battent leur chanson
Je suis roi et je règne
Bravo ! Bravo !

J'ai des rires qui saignent
Bravo ! Bravo !
Venez, que l'on m'acclame
J'ai fait mon numéro
Tout en jetant ma femme
Du haut du chapiteau
Bravo ! Bravo ! Bravo ! Bravo !

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Melhor frase desta semana




"Querido filho, estás cometendo no Iraque o mesmo erro que eu cometi com a tua mãe: não retirei a tempo... "

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Alguém aí tem evento para o fds?







Eu tenho... e váááááários!!! rsrsrsrs
Bjocas




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Amanhã tem Carnaval de Todos os Tempos, no Circo Voador, com Eduardo Dussek homenageando Braguinha. Logo depois, tem DJ Marlboro esquentando a pista, para encerrar com Dudu Nobre.

No mesmo dia, tem ensaio do Empolga às 9 no Teatro Odisséia. Os ingressos custam R$ 20 e estudantes pagam meia entrada. Além disso, o Ih, É carnaval dá continuidade aos ensaios no DCE da UFRJ a partir das 21h.

Na sexta, o negócio vai ser disputado: tem o grito de Carnaval do Sebastiana, associação independente que reúne vários blocos do Rio, no Circo. Estarão por lá Suvaco do Cristo, Simpatia é Quase Amor, Carmelitas, Meu Bem Volto Já, Imprensa Que Eu Gamo, Que merda É Essa?, etc. Entre os convidados, Galocantô, Marcelinho Moreira, Diogo Nogueira e Juliana Diniz. O Bola Preta também promete estar por lá, convidando João Roberto Kelly. Acho que vai ser bem legal!

No mesmo dia rolam os ensaios do Bohemio da Lapa, na quadra da Lapa, em frente à pizzaria Guanabara. O ingresso custa R$ 2.

Já o Acadêmicos dos Arcos também ensaia por ali, embaixo dos arcos. Quem quiser pode dar uma passada lá só para conhecer, pois é "digrátis",

O bloco Céu na Terra está ensaiando no Brasil Mestiço, às sextas-feiras. O Ingresso custa R$ 14, sendo que estudantes pagam R$ 10.

No Odisséia vai rolar mais um ensaio do Suvaco.

Já no sábado, finalmente, vai acontecer a festinha das Mulheres de Chico. Quem não conhece pode correr atrás lá do primeiro post do blog para saber do que se trata. São cerca de 30 mulheres que cantam e tocam só músicas de Chico Buarque (linnndo!!!) e que devem sair pela zona Sul do Rio durante o carnaval. A festinha custa R$ 5 e acontece a partir das 21h, no bar Sujinho da UFRJ -PRAIA VERMELHA.

No mesmo dia a Fundição realiza o Baile de São Sebastião. Durante a festa serão apresentadas as dez marchinhas finalistas do prêmio "Chiquinha Gonzaga" e haverá shows de Rancho Flor do Sereno e Cordão do Boitatá. Quem esteve sábado na inauguração do Marchódromo sabe que os eventos da Fundição têm sido muito legais.

De noite também vai acontecer o primeiro ensaio do Simpatia É Quase Amor em uma quadra que fica também na Lapa, bem pertinho do Asa Branca. Há quem tenha saudades dos ensaios do Simpatia no Clube Condomínio, no Horto, quando a festa virava um bailão. Mas essa idéia de quadra até que me animou. Confesso que não curto muito ensaio em boate.

Ah, antes, durante a tarde, tem ensaios do Volta Alice, em frente à rua de mesmo nome, em Laranjeiras, e do Esse é o Bom mas Ninguém Sabe, na quadra dos Guararapes, Cosme Velho, na saída do Rebouças.

Além disso, também começam os ensaios do Bagunça meu Coreto, das 19h às 23h, na Praça São Salvador, também em Laranjeiras.
Domingo, para fechar (apesar de ser início de semana), tem ensaio do GB Bloco na General Glicério, em Laranjeiras, das 16h às 21h. Dizem que é bem divertido. De noite, tem ensaio do Banga com o Rancho na Fundição. Vale conferir!
Ufa! É isso. Nos veremos por aí!

Rio + Blocos + Carnaval = TUDO QUE EU AMO




Não é conversa de malandro

Eu sempre fui malandro

Mas agora não

Gostei de ver o seu sapateado

E quero conquistar seu coração

Está crescente esta amizade no meu peito

Estou contente

E já mandei construir

Para nós um caixote

Já encontrei batente

E lá no morro

Quando o sol chegar

E eu descer sorrindo

Para trabalhar

E alguém perguntar espantado

O que foi que aconteceu

Eu vou dizer

Que abandonei de fato

A vida de orgia

E que vivendo assim

Sou mais feliz

Na verdade o malandro sou eu


[Paulinho da Viola]

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

ORAÇÃO FEMININA !

"Um brinde a nós mulheres portadoras da sedução, que nenhum filho da puta sabe dar valor! Que os nossos sejam nossos, que os delas sejam nossos, que os nossos nunca sejam delas, e que se forem delas, que brochem!!! Bebo porque vejo no fundo deste copo a imagem do HOMEM amado... MORRE AFOGADO FILHO DA PUTA DESGRAÇADO!!! Que a fonte nunca seque e que nossa sogra nunca se chame Esperança porque esperança é a última que morre! Deus é 10, Romario é 11, Wisky é 12, Zagallo é 13, e acima de 14 eu tô pegando!!!! Que sobre, nunca nos falte, e que a gente dê conta de todos Amém!"

Vício...

Cada dia que passa, estou mais e mais viciada em comida japonesa...
Meus almoços diários me denunciam... Hummmmmmmmmmmm

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

vai passar... vou também!

Passageira duma vida passageira
Passageira para um passageiro
Que passa e perpassa passageiro
Pela vida desta passageira criatura
Que passa por e através de mim mesma.


[Raquel Oliveira]

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Entenda-se...



Tive razão

Posso falar

Não foi legal, não pegou bem

Que vontade de chorar, dói

Em pensar que ele não vem, só dói

Mas pra mim tá tranquilo, eu vou zoar

O clima é de partida, vou dar sequência na minha vida

E de bobeira é que eu não estou,

E você sabe como é que é, eu vou

Mas poderei voltar quando você quiser.

ô ô ô ô ô ô ô ô, lá lá lá...

Demorô vai ser melhor...


[Seu Jorge]

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Em 2007, livre-se deles



Sabe aquele seu amigo que fuma mas não compra cigarro? Ele sempre diz isso brincando e dá um jeito de filar um, dois, três cigarros do maço que você acabou de comprar. Se isso é um exemplo obsoleto – todo mundo que conheço parou de fumar –, pense naquela pessoa que não dirige, detesta carro, mas sempre precisa de uma “carona”.
O conceito de carona supõe que a pessoa será buscada ou deixada no trajeto natural de quem está dirigindo. Tem gente que te faz de motorista e ainda faz questão de ignorar as agruras de quem está ao volante: onde estacionar o carro, por exemplo, é uma coisa com a qual quem não dirige nunca se preocupa, mas é fundamental para quem precisa parar e pagar por isso. (Em contrapartida, tenho imenso prazer em buscar em casa minha melhor amiga que não dirige. Faço e não abro mão, mas não tenho nenhuma sensação de exploração no gesto. É pura demonstração de atençaõ, o que é bem diferente)
O meu problema é com o típico sanguessuga: aquele que, quando você percebe, está trabalhando a serviço dele. Tem aquele cara que perde tudo. O arquivo importante, o número do telefone, tudo ele esquece ou não sabe onde deixou. E aí, você que é obsessivo e organizado, dança: tem sempre alguém pedindo uma forcinha: “Você pode me mandar ?” ou “Você sabe onde está…?”.
Sabe aquele “amigo” que só te liga quando está mal? Triste? Precisando de trabalho? Não dá um telefonema desinteressado? Cortei do caderninho.
No ano que terminou decidi fazer uma CPI dos sanguessugas na minha agenda. Larguei de mão gente assim e não me fez a menor falta. Em troca, começo 2007 com mais tempo e disponibilidade para viver melhor, sem carregar pesos que não são meus.
Cada um que carregue a sua bagagem pela vida!

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Mulheres


Já estamos quase no final dos primeiros 10 anos do século e ninguém entendeu direito como chegamos até aqui. Camaleoas, ágeis, flexíveis, só as mulheres sacaram qual é a do 21: desapegue-se de qualquer identidade, qualquer pretensão de ficar parado num lugar, seja lá ele qual for, e corra, Lola, corra pela vida. Como o flaneur parisiense de Beaudelaire, nunca pretenda ser, só estar. Se casada ou solteira, vai ter pouca importância nesse mundo volátil! Nenhum estado civil dura mais do que o gasoso – nem líqüido, nem sólido. E, o que de tão óbvio, nem precisa dizer é que, quando termina, está na hora de começar de novo.

Feliz 2007 para todos nós.

Making an impact through the quiet power of the written word...






A realidade não "é"...


Somente o sonho... de olhar, de criar... a faz gerar... todos os dias... em todos os instantes.




Permita-se... A ex-porta exporta o que a mim importa...




[Raquel Oliveira]

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Eu por tia Lispector...




Rifa-se um Coração


Rifa-se um coração

Rifa-se um coração quase novo.

Um coração idealista.

Um coração como poucos.


Um coração à moda antiga.

Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.


Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.


Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas. Um leviano e precipitado coração que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu...

"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu espero...".


Um idealista...

Um verdadeiro sonhador...


Rifa-se um coração que nunca aprende.

Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural.


Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar. Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.


Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.

Esse coração que erra, briga, se expõe. Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.


Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos. este coração tantas vezes incompreendido. tantas vezes provocado. tantas vezes impulsivo.


Rifa-se este desequilibrado emocional que abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.


Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes. Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo, defendendo-se das emoções.


Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário. Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas: "O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento. Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer"


Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo. Um órgão mais fiel ao seu usuário. Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga. Um coração que não seja tão inconseqüente.


Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado. Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo.


Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree. Um simples coração humano. Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado. Um modelo cheio de defeitos que, mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina.


Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e a ter a petulância de se aventurar como poeta.


Clarice Lispector

Depois dum caldo verde, num boteco, de almoço...


("Samba" - 1956 - óleo/tela - 196 x 168 cm - PORTINARI)


Eu sou da jovem samba

A minha linha de bamba

O meu caso é viver bem

Com todo mundo e com você também


Na paz de deus

Quero trabalhar em paz,


Na paz de deus

Quero amar amar em paz,


Na paz de deus

Quero sambar, sambar em paz

Porque amanhã é outro dia

E eu não sei se vai vir com alegria


Mas se você gostar de mim meu bem

Vem pra jovem samba também

Então na paz de deus


Vamos trabalhar em paz,

Na paz de deus

Vamos amar amar em paz,

Na paz de deus

Vamos sambar, sambar em paz


Porque

La ra la ra la,

la ra la ra la

La ra la ra la,

la ra la ra la


Eu sou da jovem samba

A minha linha de bamba

La ra la ra la,

la ra la ra laLa ra la ra la,

la ra la ra la


[Jorge Ben Jor]

Minha cidade é maravilhosa...


terça-feira, 2 de janeiro de 2007

2007, que seja ... O ANO!!!


After years of expensive education,

a car full of books and anticipation,

I’m an expert on Shakespeare

and that’s a hell of a lot

but the world don't need scholars

as much as I thought.


Maybe I'll go travelling for a year,

finding myself or start a career.

I could work for the poor though

I’m hungry for fame

we all seem so different

but we're just the same.


Maybe I'll go to the gym,

so I don't get fat,

aren't things more easy with a tight six pack?


Who knows the answers?


Who do you trust?


I can't even separate love from lust.


Maybe I’ll move back home and pay off my loans,

working nine to five answering phones.

Don't make me live for my friday nights,

drinking eight pints and getting in fights. I


don't want to get up,

just let me lie in,

leave me alone,

I'm a twenty something.


Maybe I'll just fall in love that could solve it all,

philosophers say that that’s enough, there surely must be more.


Ooooh

Love ain’t the answer nor is work,

the truth eludes me so much it hurts.

But I’m still having fun and I guess that's the key,

I'm a twenty something

and I'll keep being me.


doh dah duh dah,

do duh dah dah dahdoh dah duh dah,

do duh dah dah dahdoh dah duh dah,

do duh dah dah dahdoh dah duh dah,

do duh dah dah dah



I’m a twenty something.

Let me lie in,

Leave me alone.

I’m a twenty something.


doh dah duh dah,

do duh dah dah dahdoh dah duh dah,

do duh dah dah dahdoh dah duh dah,

do duh dah dah dahdoh dah duh dah,

do duh dah dah dah