Leio. Releio. Volto a ler. Viro páginas. Avanço linhas.
Palavras minhas eu assino, dos outros eu transcrevo, dum passado que não teve futuro, dum presente que nunca exi stiu.
Frases que me fazem sorrir, outras que me inundam o olhar.
Histórias que fazem a minha história, remotas ou recentes, e que por muitas letras que destrua ficarão sempre na memória.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Desejo a você total liberdade para que rasgue páginas neste espaço. Rasgar, romper, transformar algo em outro novo, mesmo que a si mesmo.
A vida é uma sucessão de rasgos, remendos, feituras e escolhas.
Esteja LIVRE!



sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Lista básica para 2008 atrasada para o Noel... hohoho




- Um moço bacana, desses que dá desejo de dormir abraçada, vontade de apresentar para a mãe e coragem de andar de mãos dadas na Lapa.

- Uma passagem só de ida para Paris. De preferência, para ir com o presente do tópico acima.

- Mais umas cinco horas por dia. Para dar tempo de eu terminar pelo menos um livro do monte que está pela metade na minha escrivaninha.

- Menos umas cinco horas por dia resolvendo burocracias chatas ou parada no trânsito.

- Que a minha mãe não repare que eu engordei dois quilos bem quando eu estiver degustando a a comida dela em algum fds

- Que eu possa dormir depois do almoço aos domingos sem que a minha mãe me peça para acompanhá-la na via sacra familiar por todos os bairros da cidade.

- Que nenhum ex-namorado me ligue emocionado. Aliás, tem como arrumar para eles um “freela pós-natalino” de puxador de trenó?

- Que seja mentira que a Paris Hilton vem ao Brasil. Não dá pra vir alguém que sirva para alguma coisa?

- Que eu não chore no especial do Roberto Carlos. Que eu seja forte na hora do “Detalhes” e praticamente uma rocha na hora do “As canções que você fez pra mim”.

- Que você receba muitas cartinhas pedindo livros de presente. Muuuitas.

- Uma barriga tanque na versão “pode comer de tudo”.

- Um cabelo liso na versão “resistente a chuva, vento, sal e sol”.

- Um bumbum na versão “quem diria que passa o dia sentada, escrevendo”.

- Uma amiga na versão “pra mim você vem antes de tudo, mesmo se for o Clive Owen de toalha”.

- Menos crianças nas ruas e, definitivamente, menos homens crianças na minha casa.

- E muita paz, amor, amigos, saúde, viagens, dinheiro e sexo. Não necessariamente nessa ordem.

Vivo ou morto. Meu reino por um homem interessante.

Não sei mais o que fazer das minhas noites durante a semana. Em relação aos finais de semana já desisti faz tempo: noites povoadas por pessoas com metade da minha idade e do meu bom senso. Nada contra adolescentes, muitos deles até são mais interessantes e vividos do que eu, mas to falando dos “fabricação em série”. Tô fora de dançar os hits das rádios e ter meu braço ou cabelo puxado por um garoto que fala tipo assim, gata, iradíssimo, tia.
Tinha me decidido a banir a palavra “balada” da minha vida e só sair de casa para jantar, ir ao cinema ou talvez um ou outro barzinho cult desses que tem aberto aos montes em bequinhos charmosos. Mas a verdade é que por mais que eu ame minhas amigas, a boa música e um bom filme, meus hormônios começaram a sentir falta de uma boa barba pra se esfregar.
Já tentei paquerar em cafés e livrarias, não deu muito certo, as pessoas olham sempre pra mim com aquela cara de “tô no meu mundo, fique no seu”. Tentei aquelas festinhas que amigos fazem e que sempre te animam a pensar “se são meus amigos, logo, devem ter amigos interessantes”. Infelizmente essas festinhas são cheias de casais e um ou outro esquisito desesperado pra achar alguém só porque os amigos estão todos acompanhados. To fora de gente desesperada, ainda que eu seja quase uma.
Baladas playbas com garotas prontas para um casamento e rapazes que exibem a chave do Audi to mais do que fora, baladas playbas com garotas praianas hippye-chique que falam com voz entre o fresco e o nasalado (elas misturam o desejo de serem meigas com o desejo de serem manos com o desejo de serem patos) e rapazes garoto propaganda Adidas com cabelinho playmobil também to fora.
O que sobra então? Barzinhos de MPB? Nem pensar. Até gosto da música, mas rapazes que fogem do trânsito para bares abarrotados, bebem discutindo a melhor bunda da firma e depois choram “tristeza não tem fim, felicidade sim” no ombro do amigo, têm grandes chances de ser aquele tipo que se acha super descolado só porque tirou a gravata e que fala tudo metade em inglês ao estilo “quero te levar pra casa, how does it sound?”
Foi então que descobri os muquifos eletrônicos alternativos, para dançar são uma maravilha, mas ainda que eu não seja preconceituosa com esse tipo, não estou a fim de beijar bissexuais sebosos, drogados e com brinco pelo corpo todo. To procurando o pai dos meus filhos, não uma transa bizarra.
Minha mais recente descoberta foram as baladinhas também alternativas de rock. Gente mais velha, mais bacana, roupas bacanas, jeito de falar bacana, estilo bacana, papo bacana… gente tão bacana que se basta e não acha ninguém bacana. Na praia quem é interessante além de se isolar acorda cedo, aí fica aquela sensação (verdadeira) de que só os idiotas vão à praia e às baladinhas praianas. Orkut, MSN, chats… me pergunto onde foi parar a única coisa que realmente importa e é de verdade nessa vida: a tal da química. Mas então onde Meu Deus? Onde vou encontrar gente interessante? O tempo está passando, meus ex já estão quase todos casados, minhas amigas já estão quase todas pensando no nome do bebê,… e eu? Até quando vou continuar achando todo mundo idiota demais pra mim e me sentindo a mais idiota de todos?
Foi então que eu descobri. Ele está exatamente no mesmo lugar que eu agora, pensando as mesmas coisas, com preguiça de ir nos mesmos lugares furados e ver gente boba, com a mesma dúvida entre arriscar mais uma vez e voltar pra casa vazio ou continuar embaixo do edredon lendo mais algumas páginas do seu mundo perfeito.
A verdade é que as pessoas de verdade estão em casa. Não é triste pensar que quanto mais interessante uma pessoa é, menor a chance de você vê-la andando por aí?


quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Come away with me



Quando as estrelas nos cobrem... e nos transformam em pescadores de sonhos, de ilusões.
Quando já nem é dia nem noite, quando já não é uma coisa e ainda não é outra, estendemos os olhos e vimos que a solidão, tem tantas formas.
E uma das formas da solidão, é nem sequer nos sentirmos sós.

Partilhamos noites serenas com uma cumplicidade daquelas que nem sempre precisa de palavras, daquelas que nos faz olhar mais longe e perceber que a Vida tambem é isto. Tambem é silêncio, tambem é paz.
O sol desce devagar, transforma o horizonte em imagens mágicas, incendeia as águas. E o vento agita as árvores numa melodia que só quem é livre, consegue ouvir. Os pássaros voam, sente-se aquele murmurar baixinho do peito em cada bater de asas:" sou feliz, sou feliz".

Deixamo-nos apenas embalar num embalo doce de águas tranquilas e mansas que são fogo no nosso olhar...

Como confissão: Gostei destas mais recentes semanas, desta partilha, desta mistura de paixões, de observar a o futuro a incendiar-se mesmo à nossa frente, debaixo dos nossos pés. Da tua mão na minha, dos goles de vinho com sabor de vida.

---- Rach


terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Liberdade



Perceber aquilo que se tem de bom no viver é um dom
Daqui não,
eu vivo a vida na ilusão
Entre o chão e os ares vou sonhando em outros ares, vou
Fingindo ser o que eu já sou
Fingindo ser o que eu já sou
Mesmo sem me libertar eu vou
É, Deus,
parece que vai ser nós dois até o final
Eu vou ver o jogo se realizar de um lugar seguro
Seguro
De que vale ser aqui
De que vale ser aqui
Onde a vida é de sonhar
Liberdade

Composição: Marcelo Camelo


segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Vire a vida de pernas para o ar...



Há quanto tempo prende na voz as palavras?
Há quanto tempo sente aí por dentro a vontade a lhe rebentar as paredes do peito e mesmo assim não me telefona?
Há quanto tempo, pensa bem, que me quer escrever, que me quer falar, que quer sair apenas para tomar um café e lhe falha a coragem?

O tempo passa, a vida adia-se...

Atreva-se... convida-me.
Todos nós, em qualquer altura precisamos ter perto alguém que nos quer bem, alguém a quem queremos bem. Para estar perto. Porque queremos, porque precisamos. Apenas.
Falar de coisas banais. Falar de outras que nos fazem rir. Ser feliz, fazer alguém feliz.
O amor tem o poder do sorriso... e há tantas formas de amor!
Nem sempre é fácil deixar sair de nós as palavras. Dizer as coisas simples e mais difíceis.

Vá lá, só hoje. Diz-me: "preciso de ti".
Não é tão difícil assim...

E se a coragem lhe fizer destruir as barreiras, vai. E quando voltar, depois conta-me. Fala-me dessa sensação de ultrapassar os muros que você criou sem razão em torno de si... --- Raquel

Deux travaux pour toi




Quando estamos a beira de ter um rompimento na vida, é chegada a hora de largar as amarras de todo conforto e proteção, que marcaram a segurança dos covardes, e agir com a força dos sentimentos mais obscuros de nossa alma.


O abismo entre nossos pensamentos e atitudes nos faz cair dentro de nossos disfarces fúteis, idiotas e hipócritas. E, puerilmente, convidamos a todos para assistirem esta peça-farsa de nós mesmos.

A critica mais feroz acaba sendo a de nossa consciência, embriagada com doses de “racionalidade”, que nos joga ao chão num ato de defesa de nós contra nós mesmos.
Como somos burros... A vida adia-se todo o tempo por conta das nossas incertezas.

E eu? Bem... Eu fico aqui nestas linhas, nestas letras carregando o peso de paixões e me alimentando da lua que não mais verei com você ao meu lado. ---- Raquel Oliveira

sábado, 8 de dezembro de 2007

Não Podemos Escrever Sem a Força do Corpo

A escrita torna-nos selvagens. Regressamos a uma selvajaria de antes da vida. E reconhecêmo-la sempre, é a das florestas, tão velha como o tempo. A do medo de tudo, distinta e inseparável da própria vida. Ficamos obstinados. Não podemos escrever sem a força do corpo. É preciso sermos mais fortes que nós para abordar a escrita, é preciso ser-se mais forte do que aquilo que se escreve. É uma coisa estranha, sim. Não é apenas a escrita, o escrito, são os gritos dos animais da noite, os de todos, os vossos e os meus, os dos cães. É a vulgaridade maciça, desesperante, da sociedade. A dor é, também, Cristo e Moisés e os faraós e todos os judeus e todas as crianças judias e é, também, o lado mais violento da felicidade. Acredito nisso, sempre.

Marguerite Duras, in "Escrever"

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Recado Urgente

Meu caro, não me cante se não pode tocar a minha alma, e nem fazer melodia em minha vida!
------ Raquel Oliveira

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Que a vida compense e que seja feliz





A música que vão ouvir é brincadeira
Vampiros não existem, mas sim,
Existem de outra maneira
Alguém suga coisas em você e em mim
A morte é igual, falsa e verdadeira
Mãe do início, avó-do-fim
Que seja a morte o fim da esperança
A morte é o beijo que ficou sem graça
É a velha que já não dança
É quem não gosta de você de graça
É o ciúme que devora e cansa
É a paixão que te incendeia e passa
A morte é a família que te odeia
É a inveja de quem você adora
Como um sangue que sabota a veia
É a tua espera quando alguém demora
É o amigo lá da tua aldeia
Que esqueceu aonde você mora
Que seja a morte a morte de quem você quer bem
É o vício de quem espera a sorte
Pra quem a sorte nunca vem
É a morte de quem vem do Norte
E passa a vida esperando o trem
É o pai que não diz que te ama
Para alguns, Castelo de Vestal
Pra mim é quando alguém me engana
Para alguns é só ponto final
A morte é o quadro-negro com saudade da mão com giz
Para alguns é dor
Para outros, sossego
A platéia vazia é a morte da atriz
Por fim, é um brinde a viver sem medo
Que a vida compense
E que seja feliz

No velho castelo de vestal
Entre antigos copos de cristal
Bebem os vampiros e os anões
À saúde do seu rei
Desirée princesa do local
Namora com a noite e o temporal
Velho inimigo das paixões
Levou seu amado rei

A mágica ensina o que a lógica evita
Princesa acredita, viver é bom
Por mais que pareça que a dor é infinita
Princesa acredita, viver é bom
Olha princesa, a dor de viver
É a dor de não ter a resposta
Em seguida do gesto
É a dor de não ver o exato contorno
Do que se queria enxergar
Ah, da pena de ver
O sutil descompasso, o total desacerto
Entre a água e a sede
Entre o peixe e a rede
Entre a linha e o ponto
E esse tal desencontro, princesa
É a dor de viver
Queria te dar tanta coisa bonita
Princesa acredita, viver é bom

Oswaldo Montenegro e Lavínia Vlasak

Sem Mandamentos



Hoje eu quero a rua cheia de sorrisos francos
De rostos serenos, de palavras soltas
Eu quero a rua toda parecendo louca
Com gente gritando e se abraçando ao sol
Hoje eu quero ver a bola da criança livre
Quero ver os sonhos todos nas janelas
Quero ver vocês andando por aí
Hoje eu vou pedir desculpas pelo que eu não disse
Eu até desculpo o que você falou
Eu quero ver meu coração no seu sorriso
E no olho da tarde a primeira luz
Hoje eu quero que os boêmios gritem bem mais alto
Eu quero um carnaval no engarrafamento
E que dez mil estrelas vão riscando o céu
Buscando a sua casa no amanhecer
Hoje eu vou fazer barulho pela madrugada
Rasgar a noite escura como um lampião
Eu vou fazer seresta na sua calçada
Eu vou fazer misérias no seu coração
Hoje eu quero que os poetas dancem pela rua
Pra escrever a música sem pretensão
Eu quero que as buzinas toquem flauta-doce
E que triunfe a força da imaginação

Composição: Oswaldo Montenegro

Dialogias



Quero o sol brilhando
e a chuva molhando.
Quero ver o arco-íris.
Quero o carinho de amigo
e também quero o beijo apaixonado
que me leve pra cama.
Quero o amor.
Amar e desamar.
Ser amada.
Quero o inverno e o verão,
o verso e o reverso,
o doce e o salgado,
o sim e o não.
Não, não quero o não!
Quero talvez o talvez.
Quero hoje,
o hoje, o ontem e o amanhã
Quero pra sempre.
Passado, presente e futuro.
Quero a praia e a montanha,
o mato e o mar.
Quero a infância e a maturidade,
o velho e o novo,
o início e o fim,
o possível e o impossível.
Quero o ócio em movimento.
Quero começar, terminar e
recomeçar.
Quero querer
e não querer.
Quero a contradição.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Filosofia - Noel Rosa



O mundo me condena, e ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome
Mas a filosofia hoje me auxilia
A viver indiferente assim
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim
Não me incomodo que você me diga
Que a sociedade é minha inimiga
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba, muito embora vagabundo
Quanto a você da aristocracia
Que tem dinheiro, mas não compra alegria
Há de viver eternamente sendo escrava dessa gente
Que cultiva hipocrisia

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Estórias de quem gosta de ensinar


“Um professor é como um pinheiro, ele nasce em qualquer lugar e em grandes quantidades, porém ao ser cortado não deixa marca nenhuma...


...No entanto, um educador é como um carvalho, leva muito tempo para ficar
pronto e mesmo que seja cortado, suas raízes são tão profundas que jamais será substituído”.
Rubens Alves. Estórias de quem gosta de ensinar, Editora Ars Poética.

Qualidade do amor




Você ama?

O que é amor?

Uma poética definição do Espírito Emmanuel diz que O amor é a força de Deus que equilibra o Universo.

Por aí podemos notar o poder deste sentimento.

Na nossa vida diária o amor ocupa lugar de destaque.

Não existe quem não ame a ninguém ou a nada. O ser humano é eminentemente afetivo.

A capacidade de amar é a virtude por excelência, chama especial que nos assemelha ao Criador.

Alguns amam o seu trabalho, outros a sua religião.

Alguns amam seus bens, outros a sua arte.

Alguns amam o esporte; outros amam os animais...

Mas todos nós, sem exceção, amamos a outras pessoas, sejam amigos, esposa, marido, filhos, mãe, pai, avós...

Você mesmo que nos lê agora, deve, neste instante, pensar nas pessoas que ama.

Mas uma questão se impõe quando se fala de amor: Quem ama se desentende?

É óbvio que, se falamos de amor com "a" maiúscula, jamais ele provocará desentendimentos. Entretanto, esse amor sublime é a conquista da vida, é o amor completo, amor integral.

Na nossa marcha evolutiva, contudo, muitos de nós estamos por conquistar esse amor, o que não impede que o sintamos e o manifestemos.

Digamos assim que o nosso amor não está pronto. Está, pois, incompleto.

É por este motivo que nos desentendemos.

Algumas pessoas pensam que não se amam, porque têm dificuldades de se dar.

Para que o nosso amor se torne completo faz-se necessário o apoio daquilo que chamamos os complementos do amor.

O afeto que sentimos por alguém é o estímulo para a conquista dos complementos, sejam eles: o perdão, a alegria, o carinho, a renúncia, o companheirismo e a compreensão.

Procure perdoar as pessoas que ama. Ponha-se no lugar delas e pense se também não está sujeito a erros.

Busque viver alegremente, iluminando-se e àqueles que ama. Só o fato de ter um amor já é motivo para festa.

Seja carinhoso com seus amores. Não há dificuldade de relacionamento que resista à força do carinho.

Renuncie a coisas pessoais, a fim de dar espaço para o seu amor. A melhor forma de pensar em si é pensar um pouco nos outros.

Ofereça ao seu amor a luz desses complementos e você vai perceber que para amar com "a" maiúscula, basta querer com "q" também maiúscula.

* * *

Você sabia que o ódio é o amor doente?

Ninguém odeia gratuitamente e, na maioria das vezes, o ressentimento é fruto do sofrimento que a pessoa odiada provocou em nós mesmos ou em alguém a quem amamos.

O ódio, porém, tem o poder de desequilibrar a nossa capacidade afetiva, nos fazendo, inclusive, magoar mesmo às pessoas que amamos.

E você sabia que a mágoa é o amor melindrado?

Se você está magoado com alguém é porque ama esse alguém.

Se ama, então por que não perdoar?

* * *

Não se canse de amar.

Insistindo no amor você conseguirá impregnar as pessoas ao seu redor, recebendo as bênçãos de que se reveste.

Redação do Momento Espírita.
Em 03.12.2007.

Cativa-me...

Os meus Amores: loucos e insanos, serenos e tranquilos. Eternos?

Depois de uma noite turbulenta, acordei com uma vontade louca que a chuva miudinha trouxesse aquela melancolia boa de domingo de manhã...quando nos enroscamos num peito de ternura, envoltos em carinhos que nem sempre se dizem mas se mostram em caricias e toques...ou até, quem sabe, ficar assim acordada em conversas de travesseiro sem sentido algum.
Mas hoje não é domingo, já é madrugada de segunda.

Sol lá fora...e cheira a Verão. Os dias são mais longos, as noites mais quentes. E as noites quentes, já se sabe, trazem sempre um mistério contido que apetece desvendar de cada vez que o sol se põe. E as minhas noites trazem-me um sabor a eterno... pouco importa que terminem ao raiar da aurora. Serão eternas enquanto existirem. Ficarão na memória, naquela parte que ninguem pode arrancar de nós.

As roupas são bem mais leves e dá vontade de molhar o corpo com água pura. É o que faço...caminho pela rua pouco me importando que os cabelos se encharquem...vem aquele cheiro a terra molhada que me faz sentir com gosto cada gota de água que desliza no rosto.
Eu gosto de chuva. Em dias assim...


O sol teima em mostrar-se, escondendo-se...como se brincasse ao faz de conta. Não seremos todos assim?
Ao final da tarde, uma caipirinha com os amigos, conversas perdidas que se perdem nas horas...nas horas que avançam pela noite e que na noite se perdem horas em corpos que não nos são nada. Eu observo...
Vejo as amigas que conquistam, que são conquistadas... e sempre teimam em me arranjar um par.
Tenho aspecto de quem precisa de par?
Tem!- dizem-me em coro.
Talvez...mas sou eu quem escolherei, quando for a hora. Rimo-nos com tantos defeitos que coloco em todos quantos me apresentam... elas sabem como sou.Mas elas escolhem bem, sabem que tipo de homem me atrai, me faz olhar e desejar... elas sabem. Mas eu sou timida. Tenho as minhas barreiras, as minhas muralhas...portas que fecho devagar para que alguem saia. Mesmo quando querem entrar. Ou até quando eu desejava que não partissem.
Desencontros...
Nem sempre é o momento. E quando é, sente-se. Da mesma forma que se sente que alguem nos quer, nos deseja e não o diz.

Sou resolvida...para entrar um novo homem, preciso que saia o anterior, nada de misturas. Preciso sempre de tempo para me apaixonar...e quase sempre escolho por quem me apaixono. Outras vezes sou escolhida. Acaba sempre por ser aquele que deixo entrar na minha vida devagar, que deixo que me conquiste, que tento acreditar nas palavras e depois, do nada, dou por mim a adormecer e a acordar com um unico pensamento. O peito deixa de ter aquela sensação do vazio, a boca deixa de ter um sabor amargo, e no estômago acontece uma revolução de borboletas.
Deixo que a paixão aconteça, depois, bem.... passo as noites de câmara na mão a fazer filmes, a sonhar acordada... e sonho tanto!
A paixão torna-nos pateticos. E tem o outro lado: faz-nos sentir que somos donos do mundo. Sentimos que o fardo dividido é bem mais fácil de carregar.

E por vezes, por medo, só no receio de fracassar, não embarcamos numa viagem que nos faz perder os sentidos e quem sabe, sermos felizes. Ou o medo de mostrar o que o nosso coração tanto grita e a boca cala... o medo de que depois fique um nada sem sentido. O medo de utilizar as palavras que podem mudar tudo.
Valerá a pena não tocar em sentimentos que nos podem entorpecer? De que valem as palavras que ficam presas, guardadas em nós? De que valem os sentimentos se não forem partilhados? De nada, valem nada. Quando a paixão nos faz fugir em vez de agarrar alguem que tambem nos quer bem... ficam as histórias guardadas nas gavetas, por viver.
Podia ser tudo tão simples....

O medo de sofrer. O medo de perder o pé. O medo de nos aventurarmos por caminhos sinuosos que não têm lógica nem razão, por medo de cair. Mas muitas vezes, cair é a unica coisa que vale a pena. Porque ao cair podemos ganhar asas...
Cair na tentação do prazer carnal, deixar que os gritos contidos no peito se libertem, que os olhos vejam muito mais alem.

Os amores loucos, insanos...
Os amores serenos, tranquilos...
E eu sei que me vou apaixonar muitas vezes.

Quero namorar... Louca?

Só peço que venha um que saiba aquelas técnicas todas malucas, me faça suar e desejar mais.
Portanto.... relações assim tão sérias, destas que fazem sentir que o prazo de validade do sexo já expirou, dispenso.
É por isso que não me sai da cabeça o namorado em part-time. Um que encontre de vez em quando para estar e partir no dia seguinte...mas tudo com uma espécie de amor à mistura, claro.

Que me chamem depravada, mas sexo normal? Eu????
Nã...dispenso.
Prefiro o outro.... O louco.

E é claro que o sexo louco, por vezes, não acontece numa primeira vez. Nessa primeira vez há o medo de se fazer tudo errado.

Primeiro é preciso saber se o companheiro tambem é dado a esse tipo de sexo ( e rezar para que sim). É preciso saber até onde vai a loucura do outro. E quando se começa, não se quer mais parar. Não importa que daqui a pouco tenhamos que nos levantar para ir trabalhar.

O sexo louco vicia. E por vezes o sexo louco de louco não tem nada. Afinal é normal.
O sexo louco tem gemidos, respiração ofegante, tem riso, tem suor, tem palavras, tem vontade, tem pressa, tem tesão, tem gosto que gosto e sabor.
Não tem pudor nem vergonha. Deixa-nos livres.

O sexo louco é nas paredes, nas mesas, nas cadeiras, no sofá, no tapete, nos vãos de escada, no terraço, no elevador.

Os corpos buscam-se por natureza.... não se pergunta. Faz-se.

E agora que escrevo tudo isto, quer-me parecer que de longe, prefiro este grupo. Não querendo perder-me definitivamente do outro, do sexo normal....que tambem tem muito de sensualidade.
O grupo do sexo louco....quero este com mais frequencia. O dos felizes. O dos loucos. O dos que cansam o corpo para carregarem uma alma mais leve. O dos que rasgam a pele...que querem cravar os dedos numa pele que não a deles, por paixão, por amor, por insanidade...ou porque sim. O dos que trazem um sorriso tonto no rosto e que sonham acordados com imagens nuas....


7 minutos?? Nunca ouvi falar....

Quando a noite chega devagar...

... e nos transforma em pescadores de sonhos, de ilusões.
Quando já nem é dia nem noite, quando já não é uma coisa e ainda não é outra, estendemos os olhos e vimos que a solidão, tem tantas formas.
E uma das formas da solidão, é nem sequer nos sentirmos sós.

Partilhamos tardes serenas com um amor daqueles que nem sempre precisa de palavras, daqueles que nos faz olhar mais longe e perceber que a Vida tambem é isto. Tambem é silêncio, tambem é paz.
O sol desce devagar, transforma o horizonte em imagens mágicas, incendeia as águas. E o vento agita canaviais numa melodia que só quem é livre, consegue ouvir. Os pássaros voam, sente-se aquele murmurar baixinho do peito em cada bater de asas:" sou feliz, sou feliz".

Deixamo-nos apenas embalar num embalo doce de águas tranquilas e mansas que são fogo no nosso olhar...

Como confissão: Gostei desta tarde, desta partilha, desta mistura de paixões, de observar o mar a incendiar-se mesmo à nossa frente, debaixo dos nossos pés.

A quoi ça sert l'amour - Edith Piaf


Pra que serve o amor


Pra que serve o amor?
A gente conta todos os dias
Incessantemente histórias
Sobre a que serve amar?

O amor não se explica
É uma coisa assim
Que vem não se sabe de onde
E te pega de uma vez

Eu, eu escutei dizer
Que o amor faz sofrer
Que o amor faz chorar
Pra que se serve amar?

O amor, serve pra que?
Para nos dar alegria
com lágrimas nos olhos
É uma triste maravilha

No entanto, dizem sempre
Que o amor decepciona
Que há um dos dois
Que nunca está contente

Mesmo quando o perdemos
O amor que conhecemos
Nos deixa um gosto de mel
O amor é eterno

Tudo isso é muito lindo
Mas quando acaba
Não lhe resta nada
Além de uma enorme dor

Tudo agora
Que lhe parece "rasgável"
Amanhã, será para você
Uma lembrança de alegria

Em resumo, eu entendi
Que sem amor na vida
Sem essas alegrias, essas dores
Nós vivemos para nada

Mas sim, me escute
Cada vez mais eu acredito
E eu acreditarei pra sempre
Que é pra isso que serve o amor

Mas você, você é o último
Mas você, você é o primeiro
Antes de você não havia nada
Com você eu estou bem

Era você quem eu queria
Era de você que eu precisava
Eu te amarei pra sempre
E a isso que serve o amor.